sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

"Resgatando a esperança "
Publicado em 04/12/08 às 15:56

Por: Isabelle Ludovico

O que significa esperar em Deus?

Vivemos numa época marcada por numerosas fontes de estresse. A violência, o desemprego, a corrupção, a crise do relacionamento homem/mulher são alguns dos fatores que geram muita insegurança. Somos alimentados por uma avalanche de notícias ruins, dramas acontecendo ao redor do mundo, guerras, terremotos, tsunamis etc... que aumentam ainda mais o nosso desânimo. Temos medo dos nossos sentimentos, medo de outras pessoas, medo de perder o que temos e medo do desconhecido. Pessoas com medo tendem a construir mecanismos de defesa, armas e carapaças para se proteger dos perigos. Algumas se tornam irritáveis a ponto de qualquer transtorno desencadear explosões desproporcionais, mostrando que a panela de pressão já ultrapassou o seu limite. Foi o que provavelmente aconteceu com a madrasta de Isabella. Foi o que aconteceu com o motorista que matou o homem que o interpelara no trânsito por causa de uma fechada.


Outras pessoas ficam paralisadas diante da mínima ameaça e vão limitando seu espaço interior e exterior para evitar situações conflitivas. Vivem trancadas emocionalmente e privam-se, desta forma, do que é a essência do ser humano: amar e ser amado. A maior parte busca esquemas de fuga no ativismo, no trabalho, nas compulsões por bebida, comida, remédios ou outros vícios, e no consumismo, para citar apenas alguns. Pessoas movidas pelo medo estão mais propensas a se comportar de maneira agressiva. Qualquer sensação de ameaça gera reações impulsivas que não passaram pelo crivo da razão. Ficamos na defensiva, desconfiados, preocupados apenas em nos proteger, em preservar e acumular bens para nos garantir. Custamos a admitir que não temos controle sobre o nosso futuro. Não escolhemos nascer nem decidimos a hora da nossa morte, a menos que desistamos de viver.


Quando finalmente admitimos a nossa própria impotência e reconhecemos as nossas limitações, podemos então nos voltar para o Criador de todas as coisas que sustenta o universo e nos afirma que não cai um só fio dos nossos cabelos sem o seu consentimento.


Esperar em Deus é confiar na sua promessa de estar conosco sempre. Esta espera não é uma atitude passiva, acomodada ou resignada. Pelo contrário, trata-se de uma parceria que nos leva a fazer o melhor para usufruir, multiplicar e compartilhar os recursos que Ele nos confiou. Significa viver ativamente o presente e investir nele, sabendo que o mal já foi vencido na cruz e, por isto, não prevalecerá. Esperar é confiar na perspectiva de Deus que é mais ampla que nossos desejos finitos e parciais. Abrir mão de nossa visão estreita e de nossas expectativas limitadas permite deixar-se surpreender pelas soluções extraordinárias de Deus. Pegar a sua cruz é aceitar a vida, abrindo-se a todas as possibilidades. É desistir de tentar exercer um controle ilusório sobre o nosso futuro e abrir-nos ao novo na convicção de que Deus, como diz Henri Nouwen, nos trata de acordo com o seu amor e não de acordo com o nosso próprio medo.


Assim, podemos ter a coragem de afirmar, como Dietrich Bonhoeffer na prisão, que Deus é um Deus de amor mesmo quando à nossa volta vemos apenas rancor. Podemos proclamar que a vida suplanta a morte como a luz invade a escuridão enquanto a escuridão não consegue se impor onde há luz. Quando descobrimos que nada pode nos separar do amor de Deus, encaramos o medo de perder o que já temos e o medo do desconhecido e os transformamos em coragem de acolher com fé o futuro, sabendo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. E, parafraseando a música famosa, afirmo: “Quem sabe tem esperança, por isso faz a hora, não espera acontecer”. Esperar em Deus é sair dos nossos esconderijos para encarar a vida de peito aberto, com suas alegrias e tristezas, na certeza de que cada detalhe ocorre diante do olhar amoroso de um Deus que nos quer bem. Assim, em vez de fugir ou refugiarnos numa atitude egoísta, podemos nos tornar agentes de transformação e sinais de esperança, como pontuou tão bem Agostinho: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.

A prática de todos os dias...
Bjos

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz 2009 pra você!

Feliz 2009 pra você!
Nada como começar um ano bem!
Então aí vai um link com um texto sobre perdão (é meio longo o texto), mas é muito bom e vale a pena ler. Aprendi muito com a forma que o autor escreveu sobre o perdão.
Boa leitura!
http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=7441
"O perdão verdadeiro é um desafio a fé, mas é possível pela graça de Deus derramada em nossos corações. Quando perdoamos estamos "apenas' repassando a mesma graça com a qual fomos contemplados por Deus."
Beijos pra todos

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"LUZ DO MUNDO VIESTE À TERRA
PRA QUE EU PUDESSE TE VER
E TUA BELEZA ME LEVA A ADORAR-TE
E QUERO CONTIGO VIVER..."

http://www.deusamavoce.com/?gclid=CPTT8Kvv2ZYCFRKLxwodRlnCyA
Vale a pena vc entrar nessa página!


Minha vida está nas mãos de Deus

Por: José Ricardo Capelari

Salmo 40

Somente quando fazemos o que diz Davi o Salmo 37.5: “Entrega teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”, podemos dizer que nossas vidas estão nas mãos de Deus, e então podemos podemos afirmar três coisas: A primeira delas é: “Minha vida está nas mãos de Deus, por isso posso LOUVAR”. O Salmo 40, nos versos de 1-9, traz uma linda expressão de louvor feita pelo Rei Davi, que começa seus versos dizendo: “Coloquei toda a minha esperança no Senhor”, ou seja, tudo que sou, tudo que tenho, tudo que eu espero para minha vida, tudo isso entrego nas mãos de Deus, deixo tudo para que Ele cuide, pois sei que meu Deus não falhará, e assim minha mente e meu coração ficam livres e eu louvo o nome do Senhor que tem feito muitas maravilhas para mim, que tem cuidado de mim e que a todo o momento renova as suas misericórdias, fazendo de mim uma pessoa muito feliz.

Essa é a dinâmica: entregar tudo nas mãos de Deus. Foi isso que Davi fez. Mesmo ainda tendo problemas, mesmo ainda estando insatisfeito, mesmo tendo angústias dentro do seu coração, Davi entregou tudo nas mãos de Deus e passou a louvar o Santo nome do Senhor. Veja só: “Senhor meu Deus! Quantas maravilhas tens feito! Não se pode relatar os planos que preparastes para nós!” (v. 5a); “Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança” (v. 4a); “Tenho grande alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus, a tua lei está no fundo do meu coração” (v. 8). Essa deve ser a nossa atitude, descansar em Deus e louvar o seu santo nome, se fizéssemos isso, quantos problemas tiraríamos de nossas mentes, quanto peso sairia de nossos corações, quantas maravilhas mais poderíamos contemplar sem antes termos que chorar as dores deste mundo!

Talvez neste momento, você esteja pensando: “falar é fácil!”, mas imagine que eu também por várias vezes cometi estes erros! No entanto, tenho praticado este principio de descansar em Deus e louvar o seu Santo nome, e posso testemunhar a você o seguinte: minha vida tem dado uma guinada impressionante, e a cada dia mais tenho me surpreendido com a grandeza do meu Salvador! Por isso ouça o que te digo: “Entrega teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”; A partir daí você poderá seguir adiante.

http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=topics&viewcat=familia

Senhor, quero confiar em Ti, pois sei que tens o melhor pra mim...

domingo, 2 de novembro de 2008

CORAGEM....


Primeira vez que tomo coragem de criar e escrever um blogger...
Coragem....
Vamos ver no que vai dar =)
***
"...pra ser feliz é preciso aprender a perdoar sem ter medo de recomeçar..."

Perdoar ou não perdoar?

Por: Philip Yancey
Aos culpados, o perdão chega como graça maravilhosa. Aos ofendidos, perdoar pode soar como injustiça descabida. O senso moral da racionalidade faz a maioria das pessoas acharem que os culpados devem pagar suas dívidas. Quem perdoa é trouxa. Perdão é uma fraude. Pense na história de Simon Wiesenthal, por exemplo, contada por ele mesmo na sua autobiografia, intitulada The Sunflower (O Girassol).
Ele narra um pequeno incidente ocorrido durante a mais bem-sucedida campanha de "purificação étnica" do século passado, um incidente que explica bastante o que impeliu Wiesenthal a se tornar o principal caçador de nazistas e uma incansável voz pública contra os crimes do ódio. Em 1944, Wiesenthal era um jovem prisioneiro polonês entre os nazistas. Ele tinha presenciado, indefeso, quando soldados nazistas assassinaram sua avó sobre a escadaria de sua casa e quando eles forçaram sua mãe a entrar em um vagão de carga abarrotado de mulheres judias idosas. Somados, oitenta e nove de seus parentes judeus morreriam nas mãos dos nazistas. O próprio Wiesenthal tentou cometer suicídio quando foi capturado. Em um luminoso e ensolarado dia, quando o destacamento da prisão para onde Wiesenthal havia sido levado estava limpando o lixo de um hospital para feridos germânicos, uma enfermeira se aproximou dele. "Você é judeu?", ela perguntou hesitante, e depois lhe fez sinal para que a acompanhasse. Apreensivo, Wiesenthal a seguiu por uma escadaria acima e depois por um corredor até que chegaram a um quarto escuro, cheio de mofo, onde um soldado solitário jazia enfaixado. Faixas de gaze branca envolviam o rosto do homem, com aberturas para a boca, o nariz e as orelhas. A enfermeira desapareceu, fechando a porta atrás dela para deixar o jovem prisioneiro sozinho com a espectral figura. O homem ferido era um oficial da SS, e ele mandara chamar Wiesenthal para uma confissão de leito de morte. "Meu nome é Karl", disse uma voz rouca que vinha de algum lugar de dentro das ataduras. "Preciso lhe contar a respeito desta coisa horrível — contar a você porque você é judeu." Karl começou sua história lembrando sua criação católica e a fé da infância, que havia perdido na Juventude Hitlerista. Mais tarde se oferecera como voluntário para a SS e servira com distinção, retornando apenas recentemente, muito ferido, do front russo. Por três vezes, enquanto Karl tentava contar sua história, Wiesenthal se afastou para sair. Todas as vezes o oficial estendeu a mão branca, quase sem sangue, para agarrar o braço dele. Implorou-lhe que ouvisse o que tinha acabado de experimentar na Ucrânia. Na cidade de Dnyepropetrovsk, a unidade de Karl tropeçou sobre armadilhas de minas abandonadas pelos russos em retirada, as quais mataram trinta dos seus soldados. Em um ato de vingança, os SS reuniram trezentos judeus, ajuntaram-nos em uma casa de três andares, espalharam gasolina e jogaram granadas nela. Karl e seus homens fizeram um círculo ao redor da casa, com as armas engatilhadas para atirar contra qualquer um que tentasse escapar. "Os gritos que vinham da casa eram horríveis", ele disse, revivendo a cena. "Vi um homem com uma criancinha nos braços. Suas roupas estavam em chamas. Ao lado havia uma mulher, sem dúvida a mãe da criança. Com a mão livre, o homem cobria os olhos da criança, depois ele pulou para a rua. Segundos depois a mãe o seguiu. Então, das outras janelas caíram corpos em chamas. Nós atiramos... Oh. Deus!"
O tempo todo Simon Wiesenthal ficou em silêncio, deixando o soldado germânico falar. Karl continuou descrevendo outras atrocidades, mas voltava sempre à cena do menino de cabelos negros e olhos escuros, caindo de um edifício, alvo dos tiros dos SS. "Estou abandonado aqui com a minha culpa", ele concluiu finalmente: Nas últimas horas de minha vida você está comigo. Eu não sei quem você é, apenas sei que é judeu, e isso basta. Eu sei que o que lhe contei é terrível. Nas longas noites enquanto aguardo a morte, de novo e de novo tenho desejado conversar a respeito disso com um judeu e pedir perdão a ele.
Apenas não sabia se havia ainda judeus com vida... Sei que o que estou pedindo é quase impossível para você, mas sem a sua resposta não posso morrer em paz. Simon Wiesenthal, um arquiteto com vinte e poucos anos, agora um prisioneiro em um surrado uniforme com a Estrela de Davi amarela, sentiu o imenso fardo esmagador de sua raça sobre ele. Olhou pela janela para o pátio banhado de sol. Olhou para uma mosca verde zumbindo sobre o corpo do homem moribundo, atraída pelo cheiro. "Finalmente, tomei uma resolução", Wiesenthal escreve, "e sem uma palavra, deixei o recinto". The Sunflower tira o perdão da teoria e o lança no meio da história viva. O oficial da SS, Karl, morreu logo, sem o perdão de um judeu, mas Simon Wiesenthal viveu até ser libertado de um campo de extermínio pelas tropas americanas. A cena no hospital o perseguiu como um fantasma. Depois da guerra, Wiesenthal visitou a mãe do oficial em Stuttgart, esperando de alguma forma exorcizar da memória aquele dia. Em vez disso, a visita apenas tornou o oficial mais humano, pois a mãe falou com ternura da juventude piedosa de seu filho. Wiesenthal não teve coragem de lhe contar como ele havia terminado os seus dias. Através dos anos, Wiesenthal perguntou a muitos rabinos e sacerdotes o que deveria ter feito. Finalmente, mais de vinte anos depois da guerra, ele escreveu a história e a enviou às mais iluminadas mentes éticas que conhecia: judeus, católicos, protestantes e pessoas sem religião.
"O que você teria feito em meu lugar?", perguntava. Dos trinta e dois homens e mulheres que responderam, apenas seis disseram que Wiesenthal havia errado em não perdoar ao alemão. Muitas disseram que Wiesenthal estava certo: não poderia ter perdoado ao soldado da SS, porque não teria sido justo. Por que um homem que consentiu com a prática de um mal tão extraordinário poderia esperar uma rápida sentença de perdão no seu leito de morte? Que direito tinha Wiesenthal de perdoar ao homem o mal que cometera contra outros judeus? Se Wiesenthal tivesse perdoado ao soldado, ele estaria dizendo que o Holocausto não fora tão terrível assim. “Que o soldado alemão vá para o inferno”, respondeu uma das pessoas consultadas. Muitos de nós nos sentimos da mesma maneira quando somos injustamente feridos, ainda que em graus muito menos horrendos. Às vezes, nosso ódio é o único ás que ainda temos na nossa mão. Nosso desdém é nossa única arma; nosso plano para acertar as contas, nossa única consolação. Por que deveríamos perdoar? Que resposta o evangelho pode dar à injustiça do perdão? Só pode ser que perdoar é, apesar de tudo, o melhor caminho para justiça e eqüidade. Vingança nunca zera a dívida, pois pessoas alienadas nunca calculam o valor das ofensas usando a mesma matemática. Inimigos nunca concordam sobre o saldo da dívida, porque cada um sente as feridas que recebe de modo totalmente diferente das feridas que desfere. Quantos bombardeios equivalem ao atentado suicida? Quantas desfeitas dela pagam o tapa que ele lhe deu no rosto? Não podemos desforrar as ofensas; eis a fatalidade inerente a toda vingança. O ato de perdoar nos remove da escada rolante da vingança e permite que os dois lados interrompam a sempre crescente cadeia de ofensas. Começamos tudo de novo. Começamos outra vez como se o ofensor não nos tivesse ferido.
Contudo, começamos de novo a fim de iniciar um relacionamento melhor e mais íntegro. Provavelmente tornaremos a falhar. Precisaremos perdoar novamente. A porta para a justiça fechará vez após vez. E o perdão continuará sendo a única maneira de abri-la novamente. É justo ser acorrentado à dor do passado? É justo ser surrado vez após vez pela mesma ferida antiga e injusta? Vingança é ter um vídeo plantado em sua alma que não pode ser desligado.
Repassa a cena dolorosa incessantemente dentro da sua mente. Você fica amarrado aos seus replays instantâneos. E cada vez que reprisa a cena, você sente a pontada da dor outra vez. Isso é justo?
Perdoar desliga o vídeo da memória da dor. Perdoar liberta você. Perdoar é a única maneira de interromper o ciclo de dor injusta que revira sem parar na sua memória. Por que perdoar? Porque perdoar é o único caminho de volta para integridade e justiça. “Que o soldado alemão vá para o inferno” são palavras de uma pessoa condenada a sofrer vez após vez a injusta dor do passado. Para que fim?

Texto extraído do livro “Maravilhosa Graça”, Philip Yancey, páginas 133 a 116, Editora Vida, e do artigo “Forgiveness – The Power to Change the Past” (Perdão – o Poder para Mudar o Passado), de Lewis B. Smedes, publicado na revista “Christianity Today”, 7 de janeiro de 1983.
Acho que tá bom para o primeiro dia!
I love jesus